O líder e o espelho...

Em sua edição de março 2011, a revista Harvard Business Review trás um interessante artigo sobre liderança (“O líder posto à prova: o que perguntar à imagem no espelho”). Nele, são listadas algumas perguntas que devem ser feitas para avaliarmos nosso desempenho ao liderarmos um grupo de pessoas (veja a seguir).  É muito enriquecedor ponderar sobre tais questões dentro do contexto das ações do ministério que Deus tem nos confiado. Leia com cuidado, substituindo “empresa” por “ministério”, e “subordinados” por “obreiros”.

“O cavalo prepara-se para o dia da batalha, mas a vitória vem do SENHOR” (Prov. 21:31).

“julgai todas as coisas, retende o que é bom” (1 Tessalonicenses 5:21).

HORA DA VERDADE (extraído de HBR, março 2011,pgs 28-29).

1) VISÃO E PRIORIDADES - Na correria do dia-a-dia o líder muitas vezes deixa de comunicar bem sua visão à organização – ou de comunicá-la de modo a permitir que cada subordinado entenda em que atividades deveria se concentrar.

• Com que freqüência comunico minha visão para a empresa?
• Identifiquei e comuniquei entre 3 e 5 prioridades para a consecução dessa meta?
• Se questionado, o pessoal seria capaz de articular essa visão e prioridades?

2) GESTÃO DO TEMPO – Todo líder precisa saber como está gastando seu tempo. Precisa, ainda, garantir que a alocação de seu tempo (e do de subordinados) condiga com as altas prioridades.

• Como estou gastando meu tempo? De modo condizente com as prioridades?
• Como meus subordinados estão gastando seu tempo? De modo condizente com as prioridades da empresa?

3) FEEDBACK – Muitos líderes evitam orientar os subordinados de modo direto, em momento oportuno. Preferem esperar até a avaliação de fim de ano. Isso pode trazer surpresas desagradáveis e minar o sério desenvolvimento profissional. Igualmente importante é cultivar subordinados que possam dar conselhos e feedback ao líder ao longo do ano.

• Dou ao pessoal um feedback direto, no momento oportuno, que possa nortear a ação?
• Conto com 5 ou 6 subordinados capazes de me dizer o que preciso ouvir,por mais desagradável que seja?

4) PLANEJAMENTO DA SUCESSÃO – Um líder que não está planejando a sucessão não delega poderes na medida em que deveria e pode virar um gargalo na tomada de decisões. Sem cultivo e desafios, profissionais importantes podem deixar a empresa.

• Defini, ainda que apenas para mim, um ou mais potenciais sucessores?
• Estou dando orientação e desafios profissionais a esses candidatos?
• Delego poderes como deveria? Sou um gargalo no processo decisório?

5) AVALIAÇÃO E ALINHAMENTO – O mundo está em constante transformação e o líder deve ser capaz de ajustar sua empresa às mudanças.

• A estrutura da empresa ainda condiz com os fatores cruciais de sucesso no mercado?
• Se tivesse de reformular a empresa do zero, qual seria sua estrutura? O que seria diferente da estrutura atual?
• Devo criar uma força-tarefa de subordinados para investigar o tema e fazer recomendações?

6) LIDERANÇA SOB PRESSÃO – A postura do líder em momentos de tensão é observada atentamente pelos subordinados e tem um impacto profundo na cultura da empresa e na atitude da equipe. Um bom líder precisa saber o que causa estresse em seu caso e modular o comportamento durante situações estressantes para garantir que esteja agindo de modo condizente com suas convicções e seus valores.

• Que tipo de acontecimento me estressa?
• Como me comporto sob pressão?
• Que sinais transmito a meus subordinados? São sinais úteis, ou acabam por impedir o sucesso da empresa?

7) FIDELIDADE A SI MESMO – Um executivo de sucesso forja um estilo de liderança ajustado às necessidades da empresa e também a suas convicções e a sua personalidade.

• Estou à vontade com meu estilo de liderança? Ele reflete quem realmente sou?
• Sou suficientemente assertivo ou virei um líder hesitante?
• Sou politicamente correto demais?
• A preocupação com a próxima promoção ou um bônus faz com que me contenha ou evite expressar minha opinião?